ORIENTAÇÃO A FUTUROS PACIENTES  

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ORIENTAÇÃO A PRETENDENTES A CIRURGIA PLÁSTICA

 

Você estará prestando uma inestimável colaboração a “você mesmo (a)”, lendo com atenção as observações que serão feitas, quanto às inevitáveis perguntas que todos (as) os (as) candidatos (as) a cirurgia estética costumam fazer ao seu cirurgião plástico. Estas informações poderão servir como um “MANUAL DE CABECEIRA”, caso você venha a se operar. Nenhuma decisão final deverá basear-se neste material, é apenas uma orientação geral e seu caso deverá ser discutido conosco até que todos os detalhes sejam abordados.

Ao ler essas orientações tome nota daquilo que não ficou claro e depois solicite nossa ajuda. Cada paciente é diferente do outro e seu caso é sempre especial para você e para mim, portanto, não poderíamos simplesmente generalizar.

A Cirurgia Plástica tem por finalidade fazê-lo(a) parecer tão bem quanto possível, dentro de suas características individuais. A cirurgia estética é uma combinação de arte e ciência e, como tal, está sujeita às variações do comportamento dos diferentes mecanismos fisiológicos que caracterizam cada pessoa. Assim é que, para a cirurgia que você propõe se submeter, certas perguntas infalívelmente serão feitas durante a primeira consulta, no transcorrer do tratamento ou no pós-operatório.

É de suma importância que cada paciente esteja ciente do que seja uma evolução normal, a fim de que se tranqüilize no período pós-operatório, encarando as fases transitórias como naturais; por outro lado, deverá estar ciente de sua evolução assim como do resultado viável para o seu caso antes mesmo de se submeter à cirurgia.

Existem alguns fatores na evolução da cirurgia que não dependem da atenção do cirurgião plástico e, portanto, não lhe é possível garantir resultados, por exemplo, na cicatrização que o cliente irá apresentar, as condições determinadas pela espessura e textura da pele, as influências hereditárias e hormonais, além de outros elementos, que irão influenciar o resultado final de uma cirurgia, sem que o cirurgião possa interferir nesses fatores. Evidentemente que uma técnica apurada poderá contornar algumas dessas situações. A colaboração plena do paciente, através do seguimento das instruções dadas pelo cirurgião, assumirá grande importância no resultado a ser obtido.

A conduta de um cirurgião poderá diferir da de outro; sendo a cirurgia estética um misto de ciência e arte, logicamente deduz-se que cada profissional dê de si o máximo para que se consiga o melhor resultado. Se você, como cliente, procura determinado cirurgião plástico, indubitavelmente o está fazendo baseado em algum resultado apresentado por este cirurgião em pacientes anteriormente operados por ele.

Assim é que, as comparações dos resultados deverão ser feitas com os outros pacientes do mesmo cirurgião e nunca com aqueles operados por um terceiro. Deverá ser levado em conta também, o fato de que cada paciente e cada caso difere dos outros, mesmo para um mesmo cirurgião. Procure dialogar com o seu médico sobre sua cirurgia, esclarecendo todos os detalhes que possam lhe ocorrer como dúvidas.

Cirurgia estética não é um recurso a favor da vaidade, mas sim, recurso técnico a favor do equilíbrio psico­somático em prol dos pacientes. Não deve ser exigida do cirurgião plástico a perfeição, mesmo porque, a própria natureza não o consegue (por exemplo, não existe uma simetria perfeita entre os dois lados do corpo).

Aceite as cicatrizes como conseqüência da cirurgia e pondere bastante quanto a conveniência de conviver com elas após a cirurgia: elas nada mais são do que indícios deixados em lugar de um defeito de maior porte anteriormente existente na região operada. Se houver uma cicatriz mais aparente, mesmo que a intervenção tenha sido realizada sob os mais rigorosos padrões técnicos, não julgue que o cirurgião plástico seja o responsável pelo resultado, o seu organismo é que poderá não ter reagido como se esperava. Mesmo assim, colabore com o médico para que possam ser feitas as correções (e existem várias táticas que propiciam bons resultados na maioria dos casos) mais adequadas, ou aguarde o período de evolução e oportunidade ideal para a intervenção. Toda cirurgia deixa uma cicatriz que poderá ser mais ou menos visível. A cirurgia plástica “não apaga cicatrizes”; apenas procura situa-las em áreas escondidas (dentro do cabelo, em sulcos, etc), ou substituí-las por outras não deformadas e mais disfarçadas.

Outro fator importante quanto às cicatrizes é a sua evolução. Três períodos caracterizam o processo de evolução de uma cirurgia e sua cicatriz (períodos esses que serão tão prolongados quanto maior a espessura da pele): o período imediato que vai até o 30.° dia; o período mediato que vai do 30.° dia até o 8.° ou 12.° mês; o período tardio, após 12.° mês. Algumas pacientes apresentam melhoria do aspecto cicatricial até mesmo após o 18.° mês.

Quanto aos riscos inerentes à cirurgia estética pode-se dizer que, de uma maneira geral, são menores que de outras cirurgias, pois, sendo uma conduta cirúrgica planejada, poderá aguardar a oportunidade ideal para ser realizada. Assim é que se o organismo não estiver em situação de ótima saúde e livre de fatores de ordem geral (infecção, debilidade orgânica, anemia, etc.), a cirurgia poderá ser adiada até que se atinja o equilíbrio desejado. O risco de vida, portanto, não deverá ser maior, no caso da cirurgia estética, que aquele determinado por viagem de automóvel, de avião, ou o simples cruzamento de uma via pública.

Deixe que o seu cirurgião esclareça todas as dúvidas que o (a) preocupem. Ele, melhor que ninguém, conhece seu organismo e poderá ajudá-lo(a) a atingir sua meta. Você o escolheu porque deposita confiança em seu trabalho. Ele espera de você a colaboração necessária para que ambos atinjam o resultado planejado. Mantenha relacionamento cordial e permanente e faça de suas consultas periódicas, motivo de satisfação.

Se houver necessidade de retoques mínimos ou mesmo reoperações, você não pagará os honorários ao cirurgião, mas deverá faze-lo ao anestesiologista e aos auxiliares, se eu os necessitar, assim como despesas de materiais e os gastos com hospitalização e diárias, se ficar internada.

Não é preciso fazer nada sigilosamente, hoje a cirurgia plástica é rotina e necessidade imposta pela sociedade e bem aceita por ela. Não opere escondido de sua família, filhos, ou cônjuge se estiver convicto (a) da necessidade, com certeza convencerá a todos.

 

PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO

1- Não esconda nada do cirurgião, doenças pregressas, cirurgias realizadas, al­terações  funcionais, doenças familiares, complicações anestésicas ou cirúr­gicas antigas, alergias ou uso constante de medicamentos. Tudo o que você disser estará ajudando-o (a). Se for fumante e vai operar, será necessário abolir o cigarro 15 a 20 dias antes e 15 a 20 dias após a cirurgia. Quem sabe você resolve não fumar mais. Cigarro faz mal à saúde e à beleza, a pele tem uma grande redução de sua circulação e envelhece mais rápido. Lógico, além das doenças cardíacas e pulmonares graves que surgirão nas últimas décadas da vida. , além de comprometer resultados operatórios.

2- O cirurgião baseado no exame clínico pedirá alguns exames laboratoriais se achar necessário, mas isso não é obrigatório. Não são esses exames que evi­tarão complicações. Para maior segurança, o E.C.G. (eletrocardiograma) será realizado com antecedência ou feito na mesa cirúrgica, 10 minutos antes de iniciar o ato operatório e permanecerá jun­tamente com contagem de pulso sonora e pressão arterial até o final da anestesia. Dessa forma os riscos de anestesia são infinitamente reduzidos.

3- Serão feitas fotos de pré-operatório que nos ajudará a analisar os resulta­dos e a você para compará-los. Estas fotos ficarão arquivadas e somente serão utilizadas para fins científicos, perante sua autorização expressa.

4- Não use pinturas, esmalte ou outros cosméticos para o dia da cirurgia, isso dificulta o  cirurgião e o anestesista. Não utilize também peças metálicas como brincos, anéis, etc.

5- Na véspera da cirurgia banhe exaustivamente a região que será operada com água e sabonete. Se a cirurgia for de face, lave a ca­beça, não use tinturas com menos de 7 dias da data agendada e só volte a usa-lo 30 dias após e pergunte sobre a necessidade de depilação prévia.

6- Lembre- se de interromper medicamentos e fórmulas conforme solicitado na consulta inicial, em caso de dúvida, faça novo contato e se informe.

7- Procure manter-se calmo(a), sabemos que para você cirurgia não é um ato rotineiro como, qualquer outro da vida. Não estamos mais no “antigamente” quando “operar era um bicho de sete cabeças”. Além disso, você provavelmente não estará doente e sua recuperação será rá­pida.

                       

NO PÓS-OPERATÓRIO

Após o final do ato cirúrgico, a reversão da anestesia deverá ser feita na sala de recuperação anestésica por tempo indetermi­nado, até que se restabeleça totalmente. Sua família deve saber disso. Você poderá fi­car sonolento (a) por todo o dia e à noite, não se preocupe, isso é normal.

Ao acordar procure movimentar-se no leito, flexionar os pés e as pernas ajudando a circulação. No dia seguinte levante-se acompanhada; após aguardar cinco minutos sentados à beira do leito, às vezes, ocorrerão tonturas iniciais. Após a adaptação ande. A alimentação será orientada pelo médico, mas em geral inicia-se quando acordar e tiver fome. Não existem restrições dietéticas específicas, devendo-se evitar apenas excesso de gordura e condimentos, para não ocorrerem desconfortos gastrintestinais.

Em geral as cirurgias não doem, mas, se tiver dor, serão prescritas medi­cações que a abolirão. Lembre-se: você não é um doente, estaremos atentos para que você não sofra com a cirurgia. Afinal ninguém gosta.

O banho neste período é tão importante que não deve ser negligenciado e às vezes até realizado mais de uma vez ao dia, com sabonete suave.

É importante o esclarecimento, ainda, sobre os seguintes pontos:

a.. Poderá haver inchaço na área operada que, eventualmente, permanecerá por semanas, menos freqüentemente por meses e, apesar de raro, poderá ser permanente.

b.. Poderá haver alteração da pigmentação cutânea com aparecimento de manchas ou descoloração nas áreas operadas que poderão permanecer por alguns dias, semanas, menos freqüentemente por meses e raramente permanentes.

c.. A ação solar ou a iluminação fluorescente poderão ser prejudiciais, no período pós ­operatório.

d.. Poderá haver líquidos, sangue e/ou secreções acumulados nas áreas operadas, requerendo drenagem e/ou curativos cirúrgicos e/ou revisão cirúrgica em uma ou mais oportunidades.

e.. Poderá haver áreas de pele, em maior ou menor extensão, com perda de vitalidade biológica, por redução da circulação sanguínea, acarretando alterações, podendo levar a ulcerações e até necrose de pele, que serão reparáveis através de curativos ou até em novas cirurgias, objetivando resultado o mais próximo possível da normalidade.

f.. Poderá haver áreas de perda de sensibilidade nas partes operadas. Tais alterações poderão ser parciais ou totais por um período indeterminado de tempo e, apesar de raro, poderão ser permanentes.

g.. Poderá haver dor ou prurido (coceira, ardor) no pós-operatório em maior ou menor grau de intensidade por um período de tempo indeterminado.

h..Ocasionalmente, poderá haver transtornos do comportamento afetivo, em geral, na forma de ansiedade, depressão ou outros estados psicológicos mais complexos.

i.. É certo que tabagismo, uso de tóxicos, drogas e álcool são fator que eventualmente não impedem a realização de cirurgias, mas podem determinar complicações pós-operatórias.

j.. É sabido que durante o ato operatório existem aspectos que não podem ser previamente identificados e, por isso, eventualmente necessitarão de procedimentos adicionais ou diferentes daqueles inicialmente programados.